Presidentes de Samsung e Sony podem discutir acordo sobre TV 3D


Por Miyoung Kim e Kiyoshi Takenaka

SEUL/TÓQUIO (Reuters) - Poucos dias depois de anunciar uma parceria com o Google para Internet em televisores, o presidente-executivo da Sony deve se reunir com a rival Samsung Electronics a fim de discutir possíveis alianças, como parte do esforço da fabricante japonesa de bens eletrônicos de consumo para tirar sua divisão de televisores do vermelho e cumprir metas agressivas de vendas.

A reunião sigilosa que acontece nesta segunda-feira entre Howard Stringer, presidente-executivo da Sony, e Lee Kun-hee, presidente-executivo da Samsung, é a primeira desde que Lee retornou à presidência do conselho da gigante tecnológica sul-coreana, em março.

A Sony descreveu o encontro como uma de suas reuniões regulares e tradicionais com a Samsung, de quem é sócia em uma joint venture para fabricação de telas planas.

A reunião é vista pela maioria dos analistas como um esforço da Sony para resolver o problema da escassez de telas LCD para televisores, mas a Samsung pode também buscar alianças com a Sony para o estabelecimento de um padrão comum de tecnologia 3D, o próximo grande avanço em que muitas das empresas do setor apostam.

"O objetivo principal é a reconstrução e consolidação do relacionamento da Sony com a Samsung, porque a estratégia de diversificar fornecedores de painéis, recorrendo a empresas como a Sharp, não garantiu um suprimento contínuo," disse Ricky Seo, analista da KB Investment & Securities.

"Assim, é como se a Sony estivesse voltando a buscar mais cooperação, já que precisa que a Samsung atenda à agressiva promoção de sua divisão de televisores, especialmente no fornecimento de painéis avançados para a produção de televisores 3D," acrescentou.

Depois que retornou ao comando da divisão mais importante do grupo Samsung, Lee revelou um plano de investimentos recorde, no valor de 16 bilhões de dólares, o que inclui 4,2 bilhões de dólares para telas LCD e a primeira linha de produção de chips nos últimos cinco anos, na Samsung.

Lee havia deixado o posto quase dois anos atrás, condenado por sonegação de impostos, mas posteriormente foi perdoado pelo presidente sul-coreano.

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